Atividade 4 - Comparação entre metafunções

Oie, gente! Como estão? No post de hoje farei uma comparação entre as metafunções de Kress e van Leeuwen (2006) e Lim-Fei e Tan (2017). Espero que gostem do conteúdo! ♥

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INTRODUÇÃO

Devido à crescente presença de imagens nos contextos comunicativos da sociedade contemporânea, alguns estudiosos vêm desenvolvendo categorias voltadas para sua análise. Entre eles, cabe citar o estudo de Kress e van Leeuwen (2006) e o de Lim-Fei e Tan (2017), os quais permitem que seus usuários realizem investigações acerca dos possíveis significados de textos visuais. 

Ambos os trabalhos são adaptações das categorias propostas por Halliday (1976) em sua Gramática Sistêmico-Funcional, na qual o autor advoga que a língua é sócio-semiótica e portanto deve ser estudada a partir de contextos sócio-culturais. Para tal fim, o autor propôs três metafunções chamadas de ideacional, interpessoal e textual. 

Considerando isso, Kress e van Leeuwen (2006) adaptaram tais metafunções em sua Gramática do Design Visual no intuito de aplicá-las especificamente às imagens. Assim, os autores as nomearam de representacional, interacional e composicional. Similarmente, Lim-Fei e Tan (2017) também expandiram as últimas e as chamaram de mensagem envolvimento e forma. 

Nesse sentido, é possível inferir que existem semelhanças e diferenças entre as duas abordagens. Portanto, o foco principal da postagem de hoje é refletir sobre esses fatores e abordá-los criticamente. 

COMPARAÇÃO ENTRE AS METAFUNÇÕES DE KRESS E VAN LEEUWEN (2006) E AS DE LIM-FEI E TAN (2017)

Para iniciar a discussão, a tabela a seguir denota o nome das metafunções de cada um dos autores e todos os elementos que as compõem. 

AUTORES	METAFUNÇÃO I	METAFUNÇÃO II	METAFUNÇÃO II
KRESS E VAN LEEUWEN	Representacional: Narrativa Conceitual	Interacional: Olhar Enquadramento Perspectiva Modalidade	Composicional: Valor Saliência Moldura
LIM-FEI E TAN	Mensagem: Propósito  Apelativo Representacional Produção/Recepção	Envolvimento: Proeminência Direção  Poder  Intimidade	Forma:  Visual Língua

Em relação à primeira metafunção, as de Kress e van Leeuwen (2006) permitem uma observação dos participantes representados na imagem e a função que eles estabelecem nela. Por outro lado, as de Lim-Fei e Tan (2017) abordam os propósitos da imagem, a maneira que ela apela para o leitor e a reação do público ao as lerem. Sendo assim, os últimos autores fornecem questões mais críticas para serem trabalhadas na composição imagética. 

Em seguida, na segunda metafunção, não há mudanças drásticas visto que todos os autores focam nos mesmos aspectos. Mais especificamente, na relação entre a imagem e o leitor. Assim, tanto a interacional quanto o envolvimento abordam como o olhar dos participantes, sua proximidade em relação ao leitor e a perspectiva que ele olha para o visualizador afetam a leitura. 

Por fim, é possível perceber que existem diferenças na terceira metafunção visto que Kress e van Leeuwen (2006) não abordam a língua como fazem Lim-Fei e Tan (2017). Sendo assim, os últimos autores oferecem uma contribuição para observarmos, também, os aspectos linguísticos de uma imagem também composta por texto verbal - como o anúncio publicitário. 

Portanto, cabe inferir que ambos os trabalhos são extremamente importantes para os estudos da Multimodalidade e do Letramento Visual visto que permitem a leitura de imagens em suas diversas formas.

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É isso, pessoal! Até semana que vem 🙂